segunda-feira, 31 de agosto de 2015

A canoa e o apego


Nasrudin estava na margem de um rio e queria passar para o outro lado. A correnteza era muito forte e seria impossível atravessá-lo a nado.
Foi quando Nasrudin viu uma pequena canoa presa na vegetação ribeirinha. Rapidamente colocou o bote n'água e pôs-se a remar para o outro lado. Com a ajuda da canoa, ele rapidamente atingiu a outra margem. Assim que botou os pés em terra firme, pegou a canoa, colocou-a nas costas e partiu em direção à floresta.
Algumas pessoas que haviam observado toda a cena, ficaram espantados com aquela atitude inesperada de Nasrudin. Eles foram e lhe perguntaram: "Por que você colocou a canoa nas costas? De que ela lhe servirá agora que você já atravessou o rio?"
Nasrudin então, já um vermelho, suado e cansado do esforço em carregar a embarcação nas costas, lhes respondeu: "Essa canoa me ajudou muito a atravessar o rio. Eu não posso abandoná-la. Espero que agora ela me ajude também a atravessar a floresta."
Assim somos nós. Ficamos apegados ao passado e o transformamos em um pesado fardo em nossas vidas.


Autor desconhecido

domingo, 30 de agosto de 2015

Os dois cântaros

 
Um moço religioso que vivia entre os monges do deserto sentia-se pouco inteligente e incapaz de guardar os ensinamentos recebidos.
Entristecido, procurou um velho sábio e lhe disse:
"Apesar dos esforços constantes que faço, não chego a conservar na memória durante muito tempo, as instruções que recebo. Vão, também, para o esquecimento os trechos mais belos que leio, diariamente, no evangelho."
O sábio que o escutava com paciência e bondade pegou dois cântaros e falou ao jovem:
"meu filho, toma um daqueles cântaros, coloca um pouco d'água, e depois lava-o cuidadosamente. Enxuga-o com o teu próprio hábito e devolve-o ao lugar onde estava."
Obediente, o moço fez exatamente o que lhe determinou o sábio.
Concluída a tarefa, o ancião perguntou-lhe qual dos dois cântaros estava mais limpo e claro.
O rapaz tomou nas mãos o cântaro que acabara de secar e respondeu:
"este, por certo, está mais limpo. Lavei-o com muito cuidado." - disse sorrindo.
O sábio, então, retorquiu: "repara bem" - apontando para o cântaro limpo, "ele difere muito daquele outro que não foi lavado por você e continua sujo e empoeirado.
Porém, embora inegavelmente limpo, este cântaro não retém mais vestígio algum da água que o purificou.

Autor desconhecido

sábado, 29 de agosto de 2015

O Ursinho e o Mel


O ursinho era louco por mel. Se dependesse dele, comeria todo o mel que existe no mundo. Passava o dia inteiro a meter o focinho em colmeias, onde o mel estava armazenado pelas abelhas. Sua mãe não parava de avisá-lo:
- Ursinho, não se meta onde não é chamado, se não um belo dia você vai levar um ferroada.
O ursinho não dava importância às sábias palavras de sua mãe. Sua vontade de comer mel era maior que tudo. Assim, ele continuava a farejar de colmeia em colmeia
. As abelhas eram bondosas, e até compreendiam o bom gosto do ursinho. Mas, na verdade, o travesso já estava abusando, pois comia num instante grande quantidade de mel, que as abelhas levavam tempo para fazer com esforço.
Finalmente, quando elas perceberam que com bons modos não conseguiam dissuadi-lo da sua gula, decidiram dar-lhe uma lição. Uma forte ferroada no nariz... e o ursinho cheio de dores desatou a correr pelo prado, em direção à casa.
O ursinho guloso passou dois dias de cama, sofrendo dores no nariz.
- Bem que eu havia avisado, ursinho! Mas você não me obedeceu... dizia a mãe, pesarosa pela teimosia do filho.

Onde as palavras não chegam, uma forte ferroada resolve.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

A Lenda das Areias


Vindo desde as suas origens nas distantes montanhas e após passar por inúmeros acidentes de terrenos nas regiões campestres, um rio finalmente alcançou as areias do deserto. E do mesmo modo como vencera as outras barreiras o rio tentou atravessar esta de agora, mas se deu conta de que mal
suas águas tocavam a areia nela desapareciam.
Estava convicto, no entanto, de que fazia parte de seu destino cruzar aquele deserto, embora não conseguisse fazê-lo. Então uma voz misteriosa, saída do próprio deserto arenoso, sussurrou:
- O vento cruza o deserto, o mesmo pode fazer o rio.
O rio objetou estar se arremessando contra as areias, sendo assim absorvido, enquanto o vento podia voar, conseguindo dessa maneira atravessar o deserto.
- Arrojando-se com violência como vem fazendo não conseguirá cruzá-lo. Assim desaparecerá ou se transformará num pântano. Deve permitir que o vento o conduza a seu destino.
- Mas como isso pode acontecer?
- Consentindo em ser absorvido pelo vento.
Tal sugestão não era aceitável para o rio. Afinal de contas, ele nunca fora absorvido até então. Não desejava perder a sua individualidade. Uma vez a tendo perdido, como se poderá saber se a recuperaria mais tarde?
- O vento desempenha essa função – disseram as areias. – Eleva a água, a conduz por sobre o deserto e depois a deixa cair. Caindo na forma de chuva, a água novamente se converte num rio.
- Como é que posso saber que isto é verdade?
- Pois assim é, e se não acredita não se tornará outra coisa senão um pântano, e ainda isto levaria muitos e muitos anos; e um pântano não é certamente a mesma coisa que um rio.
- Mas não posso continuar sendo o mesmo rio que sou agora?
- Você não pode, em caso algum, permanecer assim – retrucou a voz. – Sua parte essencial é transportada e forma um rio novamente. Você é chamado assim ainda hoje por não saber qual é a sua parte essencial.
Ao ouvir tais palavras, certos ecos começaram a ressoar nos pensamentos mais profundos do rio. Recordou vagamente um estágio em que ele, ou uma parte dele, não sabia qual, fora transportada nos braços do vento. Também se lembrou, ou lhe pareceu assim, de que era isso o que devia fazer, conquanto não fosse coisa mais natural.
Então o rio elevou seus vapores nos acolhedores braços do vento, que suave e facilmente o conduziu para o alto e para bem longe, deixando-o cair suavemente tão logo tinham alcançado o topo de uma montanha, milhas e milhas mais longe. E porque tivera suas dúvidas o rio pôde recordar e gravar com mais firmeza em sua mente os detalhes daquela sua experiência. E ponderou:
- Sim, agora conheço a minha verdadeira identidade.
O rio estava fazendo seu aprendizado, mas as areias sussurraram:
- Nós temos o conhecimento porque vemos essa operação ocorrer dia após dia, e porque nós, as areias, nos estendemos por todo o caminho que vai desde as margens do rio até a montanha.
E é por isso que se diz que o caminho pelo qual o Rio da Vida tem de seguir em sua travessia está escrito nas Areias.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

A mula


Uma mula, folgadona devido à ausência de trabalho e por causa da grande quantidade de milho que recebia, galopava de um lado para o outro de um modo arrogante. Vaidosa e muito confiante, dizia para si mesmo:
- Meu pai com certeza era um valoroso e belo raça pura. Eu sou sua própria imagem em velocidade, resistência, espírito e beleza.
Pouco tempo depois, sendo levado a uma longa jornada como burro de carga, e sentindo-se muito cansada, exclamou em tom desconsolado:
- Acho que cometi um erro. Meu pai, afinal de contas, deve ter sido apenas um simples asno.

Moral da História:
Ao desejarmos ser o qu
e não somos, estamos plantando em nós a semente da frustração.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

A Gardênia Branca


Todo ano em meu aniversário, desde que fiz 12 anos, uma gardênia branca me era entregue anonimamente em minha casa. Nunca havia um cartão ou uma nota, e as chamadas à floricultura eram em vão porque a compra era feita sempre em dinheiro. Após um tempo, eu parei de tentar descobrir a identidade do remetente. Me deliciava apenas com a beleza e o perfume mágico daquela perfeita flor branca suavemente envolvida em papel rosa. Mas eu nunca parei de imaginar quem poderia ser o remetente. Passei alguns de meus mais felizes momentos em devaneios sobre alguém maravilhoso e emocionante, mas demasiado tímido para tornar conhecida sua identidade. Em minha adolescência, era divertido especular que o remetente poderia ser um menino apaixonado. Minha mãe sempre contribuía com minhas especulações. Perguntava-me se haveria alguém para quem eu tivesse feito uma bondade especial, que pudesse demonstrar a apreciação anonimamente. Lembrou-me dos tempos em que eu deixava minha bicicleta para ajudar nosso vizinho a descarregar o carro e cuidar para que as crianças não fossem para a rua. Ou talvez o misterioso remetente fosse o senhor idoso do outro lado da rua. Eu frequentemente recolhia sua correspondência na caixa e a entregava, assim ele não teria que se arriscar descendo a escada gelada.
Minha mãe fez o melhor que pôde para aguçar minha imaginação sobre a gardênia. Queria que suas crianças fossem criativas. Também queria que tivéssemos a sensação de sermos estimados e amados, não apenas por ela, mas pelo mundo todo. Quando fiz 17 anos, um menino machucou meu coração. Naquela noite tudo o que eu queria era dormir. Quand
o acordei pela manhã, havia uma mensagem, feita com batom, em meu espelho: "Saiba, quando meio-deus se vai, os deuses chegam". Pensei sobre essa frase por muito tempo, e a deixei onde minha mãe a escreveu até que meu coração se curasse. Quando eu limpei o vidro, minha mãe sabia que tudo estava bem novamente.
Mas havia algumas feridas que minha mãe não poderia curar. Um mês antes de minha formatura, meu pai morreu, repentinamente, de um ataque de coração. Me desinteressei completamente por minha formatura e pelo baile, pelo qual eu tinha esperado muito.
Minha mãe, em meio à seu próprio sofrimento, não admitia que eu faltasse. Um dia antes da morte de meu pai, ela e eu saímos para comprar um vestido para o baile e encontramos um espetacular. Mas era do tamanho errado, e quando meu pai morreu, no dia seguinte, eu me esqueci do vestido.
Minha mãe não. Um dia antes do baile, eu encontrei o vestido esperando por mim - no tamanho certo. Eu posso não ter me importado em ter um belo vestido novo, mas minha mãe se importou.
Ela se importava em como suas crianças se sentiam sobre si mesmas. Ela nos imbuiu com um sentido mágico e nos deu habilidade de ver a beleza mesmo na hora da adversidade.
Na verdade, minha mãe queria que suas crianças se vissem como a gardênia: encantadora, forte, perfeita, com uma aura mágica e um pouco de mistério.
O ano em que minha mãe morreu foi o ano em que pararam de chegar as gardênias.
Autor desconhecido

terça-feira, 25 de agosto de 2015

A espada mágica


 

Existe uma história muito, muito antiga, do tempo dos cavaleiros em brilhantes armaduras, sobre um jovem comum que estava com muito medo de testar sua habilidade com as armas, no torneio local.
Certo dia, seus amigos quiseram pregar-lhe uma peça e lhe deram de presente uma espada, dizendo que tinha um poder mágico muito antigo. O homem que a empunhasse jamais seria derrotado em combate.
Para surpresa deles, o jovem correu para o torneio e pôs em uso o presente, ganhando todos os combates. Ninguém jamais vira tanta velocidade e ousadia na espada.
A cada torneio, a notícia de sua maestria se espalhava, e não tardou a ser ovacionado como o primeiro cavaleiro do reino.
Por fim, achando que não faria mal nenhum, um dos seus amigos revelou a brincadeira, confessando que o instrumento não tinha nada de mágico, era só uma espada comum.
Imediatamente o jovem cavaleiro foi dominado pelo terror.
De pé na extremidade da área de combate, as pernas tremeram, a respiração ficou presa na garganta e os dedos perderam a força. Incapaz de continuar acreditando na espada, ele já não acreditava mais em si mesmo.
E nunca mais competiu.
Reflexão:
Será que precisamos de "Mágica" em nossa vida ou temos consciência de nosso valor e de nosso potencial?
Autor desconhecido

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

A gralha vaidosa

 

Um Rei deu a notícia de que pretendia escolher um Líder para os pássaros e marcou uma data para que todos eles comparecessem diante de seu trono. O mais bonito seria declarado Líder.
Querendo arrumar-se o melhor possível, os pássaro foram tomar banho e alisar as penas às margens de um arroio. A gralha também estava lá no meio dos outros, só que tinha certeza de que nunca ia ser a escolhida, porque suas penas eram muito feias.
"Vamos ter que dar um jeito", pensou ela.
Depois que os outros pássaros foram embora, muitas penas ficaram caídas pelo chão; a gralha recolheu as mais bonitas e prendeu em volta do corpo. O resultado foi deslumbrante: nenhum pássaro era mais vistoso que ela. Quando o dia marcado chegou, os pássaros se reuniram diante do trono do Rei; O Rei examinou todo mundo e escolheu a gralha par Líder. Já ia fazer a declaração oficial quando todos os outros pássaros avançaram para o futuro Líder e arrancaram suas penas falsa uma a uma, mostrando a gralha exatamente como ela era.

Moral: Belas penas não fazem belos pássaros.

domingo, 23 de agosto de 2015

Alguém está vendo você!!!


Certa vez, um homem resolveu invadir os campos de um vizinho para roubar um pouco de trigo. "Se eu tirar um pouco de cada campo, ninguém irá perceber", pensou. "Mas reunirei uma bela pilha de trigo." Então ele esperou pela noite mais negra, quando grossas nuvens cobriam a lua, e saiu às escondidas de casa, levando consigo sua filha mais nova.
– Filha – ele sussurrou – , fique de guarda para o caso de alguém aparecer.
O homem entrou silenciosamente no primeiro campo e começou a colheita. Logo depois, a criança gritou:
– Papai, alguém está vendo você!
O homem olhou em volta, sem ver ninguém; juntou então o trigo roubado e seguiu adiante para o segundo campo.
– Papai, alguém está vendo você! – gritou a criança de novo.
O homem parou e olhou em volta, mas não viu qualquer pessoa, por isso amarrou o trigo roubado e esqueirou-se para o último campo.
– Papai, alguém está vendo você! – gritou a criança novamente.
O homem parou a colheita, olhou para todos os lados e, mais uma vez, não viu pessoa alguma.
– Por que você fica dizendo que alguém está me vendo? – perguntou ele zangado. – Já olhei para todos os lados e não vejo ninguém.
– Papai – murmurou a criança – , alguém está vendo você lá de cima.


A fé revela que nenhuma ação passa despercebida. Acreditando nisso, agimos melhor.

sábado, 22 de agosto de 2015

O papagaio seguiu a lição


Um homem tinha um papagaio preso numa gaiola. Um dia, resolveu viajar para a Amazônia e perguntou em tom de brincadeira ao seu papagaio se ele queria que trouxesse algo de lá.
E o papagaio gentilmente lhe pediu:
- Se vires um bando de papagaios voando livres na natureza, pergunta-lhes como também posso ser livre e voar.
O dono riu de seu louro, e saiu.
Já na Amazônia, o mercador viu um bando de papagaios voando livremente e gritou-lhes a pergunta de seu louro.
- Eu tenho um papagaio numa gaiola! E ele quer saber como pode ser livre e voar?!
Ao ouvi-lo, o papagaio líder do bando caiu no chão como morto e lá ficou...
O homem ficou triste... Não entendeu o que havia acontecido, mas aquela cena ficou gravada em sua memória.
Ao voltar, contou o ocorrido ao seu papagaio e este, para seu espanto, tombou como morto dentro da gaiola. O homem lamentou, mas, resignado, retirou o louro inerte do fundo da gaiola e o atirou ao quintal. No próprio impulso com que foi jogado, ele alçou voo e pousou num galho.
O homem, muito admirado, perguntou-lhe:
- Afinal, o que significa tudo isso?
E o papagaio, levantando novamente voo em direção ao horizonte, respondeu-lhe:
- Apenas segui a lição.
Autor desconhecido

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

A Amor


 

Um pescador certa vez pescou um salmão. Quando viu seu extraordinário tamanho, exclamou: "Que peixe maravilhoso! Vou levá-lo ao Barão! Ele adora salmão fresco."

O pobre peixe consolou-se, pensando: "Ainda posso ter alguma esperança."

O pescador levou o peixe à propriedade do nobre, e o guarda na entrada perguntou: "O que tem aí?"

"Um salmão", respondeu o pescador, orgulhoso.

"Ótimo", disse o guarda. "O Barão adora salmão fresco."

O peixe deduziu que havia motivos para ter esperança. O pescador entrou no palácio, e embora o peixe mal pudesse respirar, ainda estava otimista. Afinal, o Barão adora salmão, pensou ele.

O peixe foi levado à cozinha, e todos os cozinheiros comentaram o quanto o Barão gostava de salmão. O peixe foi colocado sobre a mesa e quando o Barão entrou, ordenou: "Cortem fora a cauda, a cabeça, e abram o salmão."

Com seu último sopro de vida, o peixe gritou em desespero: "Por que você mente? Se realmente me ama, cuide de mim, deixe-me viver. Você não gosta de salmão, gosta de si mesmo!"

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

PÉS DE GALINHA



“Passei a infância toda
Achando que a minha mãe
Gostava de pés de galinha,
Comia com tanto gosto
Chupava até os ossinhos.
“Ninguém come os pés, são meus”- dizia
Toda a carne dividia
Peito, coxas e titela,
Fígado, coração e muela,
Mas os pés, os pés era só prá ela.
Depois de todos servidos,
Então sentava e comia.
Mas o tempo foi passando,
A criançada crescendo,
Os maiores trabalhando,
A vida foi melhorando.
Depois de uma infância dura
Começamos Ter fartura.
Vi minha mãe na cozinha
Tratando de uma galinha
E ao contrário de outrora
Flagrei aquela velhinha
Jogando os pèzinhos fora
Ao notar o meu espanto
Aquele coração santo
Da minha doce mãezinha
Apressou-se em explicar:
“Nunca gostei do tal do pé de galinha”
É que a carne era tão pouca,
Prá tantas bocas não dava,
E prá você não ficar triste
Eu fingia que gostava.”

Por Bernardo Alves

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

A Formiga e a Pomba

 

Uma formiga foi à margem do rio para beber água, e, sendo arrastada pela forte correnteza, estava prestes a se afogar.
Uma pomba que estava numa árvore sobre a água, arrancou uma folha, e a deixou cair na correnteza perto dela. A formiga, subiu na folha, e flutuou em segurança até a margem.
Pouco tempo depois, um caçador de pássaros, veio por baixo da árvore, e se preparava para colocar varas com visgo perto da pomba que repousava nos galhos alheia ao perigo.
A formiga, percebendo sua intenção, deu-lhe uma ferroada no pé. Ele repentinamente deixou cair sua armadilha, e isso deu chance para que a pomba voasse para longe a salvo.
O grato de coração sempre encontrará oportunidades par
a mostrar sua gratidão.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

A TREPADEIRA E A ÁRVORE

 

Uma bela árvore crescia no campo. Ao seu lado brotou uma trepadeira. A trepadeira disse à árvore:
“Deixe-me encostar em ti.”
A árvore replicou: “Não, porque quero crescer bem forte e alta.”
Mas a trepadeira insistiu:
“Se deixares que me encoste em ti, prometo que darei muitas flores, e então serás não só a árvore mais alta, mas também a mais bela de toda esta redondeza.”
E a árvore, convencida da verdade das palavras da trepadeira, consentiu que esta estendesse seus ramos sobre seus galhos. E o tempo foi passando; a trepadeira cada vez se enroscava mais em volta da árvore.
Certo dia, a árvore disse:
“Quero que saias de cima de mim, pois estás me sufocando.”
Mas a trepadeira nem dei ouvidos aos apelos da árvore. Passado mais algum tempo, a árvore, enfraquecida, tombou durante um temporal.
Este é um fato que ocorre frequentemente em nosso meio. O tentador Satanás se achega de nós com voz suave provocante, e nos diz:
“Se fizeres isto ou aquilo, te tornarei a pessoa mais popular de todo o grupo.”
E a trepadeira do pecado começa a se enroscar em nós cada vez que cedemos a uma tentação do maligno. E o resultado é trágico. É como diz o ditado: “Dá-se o dedinho e o diabo pega o braço todo e, por fim, o corpo.” E dessa maneira, devagarzinho o pecado nos sufoca e estrangula, destruindo nossa fé e nossa vida.
Sábio é o homem que usa o poder e a graça de Deus para enfrentar e tentação, resistindo aos convites tentadores, permanecendo firme na fé em Cristo Jesus, cujo sangue nos purifica de toda injustiça e impureza.
Que nossa prece diária seja: “E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.”
Deus é fiel e há de nos fortalecer para permanecermos firmes na sua graça até o fim.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

PERTO DE MORRER, UM HOMEM FEZ 3 PEDIDOS



1) Que seu caixão fosse carregado pelos melhores médicos da época.
 

2) Que os tesouros que tinha, fossem espalhados pelo caminho até seu tumulo.
 

3) Que suas mãos ficassem no ar, fora do tumulo e a vista de todos.
Alguém surpreso perguntou: Quais são os motivos?
Ele respondeu:
 

1) Eu quero que os melhores médicos carreguem meu caixão, para mostrar que eles não têm o poder de curar na face da morte.
 

2) Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros, para que todos possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui ficam.
 

3) Eu quero que minhas mãos fiquem para fora do caixão, de modo que as pessoas possam ver que viemos com as mãos vazias, e saímos de mãos vazias, para morrer você não leva nada material ...
 

"TEMPO" é um tesouro precioso que nós temos. Podemos produzir mais dinheiro, mas não mais tempo!
O melhor presente que você pode dar a alguém é o seu tempo!

domingo, 16 de agosto de 2015

O Joio Entre O Trigo






Tinha um bom Senhor que saiu a semear. Jogou na terra boas sementes de trigo e com todo o seu carinho e amor cuidou delas para que elas crescessem logo. Só que esse Senhor foi descansar e ele tinha um inimigo muito forte, que o odiava muito. Sabem o que esse inimigo fez? Ele foi lá à noitinha , quando ninguém podia vê-lo , enquanto estava tudo escurinho e jogou uma semente de praga, chamada joio para matar as sementes boas, sufocando-as.
Pois vocês acreditam, crianças, que tanto semente de trigo quanto semente de joio praga nasceram juntinhas? Só que os empregados do Senhor queriam cortar o joio para que ele não prejudicasse o trigo, contudo,Senhor sabia que se cortasse o joio também cortaria o bom trigo. Ele, então pediu que os empregados deixassem à plantação como estava até tudo crescer.
E em pouco tempo, o trigo e o joio cresceram, o joio já começava a enforcar o bom trigo. Foi nesse momento, vendo que o trigo poderia morrer com a presença do joio é que o Senhor mandou cortar o joio e queimá-lo em uma grande fogueira para que nada dele restasse e colheu o bom trigo e guardou em seu celeiro.
Bonita a história, não é mesmo?
Hoje, vamos entender o que Jesus queria nos falar através dessa historinha que ele nos contou.
      

Mateus 13:24-30                                                                                             
Vamos entender que é trigo e quem é joio?
O trigo é a boa semente, dela se faz a farinha, que se transforma no pão que nos alimenta.
O joio é uma plantinha danada, uma praga, uma coisa daninha, ruim, que surge entre as boas e as corrompe.
E ai, a gente faz nossa reflexão:
Será que eu sou trigo, a boa semente que Deus tanto ama? Ou será que eu sou joio, essa erva danada que contaminada pelo pecado só sabe fazer coisa que não presta?
Vamos descobrir o que somos?
Se formos assim, gostamos de brigas, violência, ofender os outros, falar palavrões , então somos joio .
Agora, se ajudamos nossos irmãos mais necessitados, se em nossa casa respeitamos nossos pais e buscamos sempre ser fieis aos ensinamentos de Jesus , nós somos trigo!
Mas pode acontecer que só vivemos de fofocar da vida dos outros, falando coisas que não são verdadeiras, mentiras, levantando injúrias nas pessoas, tendo inveja da casa nova do coleguinha, ou do carro que o pai do outro comprou , então ai sou o joio, crescido, querendo sufocar o bom trigo .
No entanto, se cuidamos bem de nossa casa , ajudando nossos pais , respeitando as pessoas mais velhas, promovendo a paz e a harmonia na família, cumprindo com minhas tarefas de casa, sem que nossos pais briguem conosco , sendo sempre obedientes ,então somos a alegria de Deus , bons trigos .
Por outro lado, se estamos aqui na missa pensando na pracinha que eu vou depois, sem nos importar com as palavras que Jesus nos coloca, se eu não rezo, não pratico nenhuma boa ação... sou egoísta porque só penso em mim mesmo, esquecendo que existe o outro, ou outras vezes tentando prejudicá-lo , então , infelizmente sou joio .
E sabem, crianças, quem semeia o joio na vida da gente? É o encardido que vem com o pecado e a gente o deixa tomar conta, fazendo essa planta danada tomar conta do nosso coração .
E quantos de nós, aqui, não somos esse joio na vida do irmão? E não trazemos esse joio para nossa vida também?
Por isso, crianças, vamos pedir perdão, porque muitas vezes nos deixamos contaminar por ele , sufocando a boa semente que é Jesus na nossa vida .  

sábado, 15 de agosto de 2015

"Não existe família perfeita



"Não existe família perfeita. Não temos pais perfeitos, não somos perfeitos, não nos casamos com uma pessoa perfeita nem temos filhos perfeitos. Temos queixas uns dos outros. Decepcionamos uns aos outros. Por isso, não há casamento saudável nem família saudável sem o exercício do perdão. O perdão é vital para nossa saúde emocional e sobrevivência espiritual. Sem perdão a família se torna uma arena de conflitos e um reduto de mágoas.
Sem perdão a família adoece. O perdão é a assepsia da alma, a faxina da mente e a alforria do coração. Quem não perdoa não tem paz na alma nem comunhão com Deus. A mágoa é um veneno que intoxica e mata. Guardar mágoa no coração é um gesto autodestrutivo. É autofagia. Quem não perdoa adoece física, emocional e espiritualmente.
É por isso que a família precisa ser lugar de vida e não de morte; território de cura e não de adoecimento; palco de perdão e não de culpa. O perdão traz alegria onde a mágoa produziu tristeza; cura, onde a mágoa causou doença."
Papa Francisco

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Minha casa é um inferno



O pobre homem chegara ao fundo do poço e resolveu procurar seu rabino para pedir conselhos.
- Santo rabi! - clamou ele. - As coisas estão indo mal comigo, e piorando a cada momento! Somos pobres, tão pobres, que minha esposa, meus seis filhos, meus sogros e eu temos que viver num casebre de um só cômodo. Estamos sempre no caminho uns dos outros e com os nervos à flor da pele por causa de todas as nossas desgraças. Não paramos de brigar e discutir. Acredite: meu lar é um inferno e eu preferiria morrer a continuar vivendo assim!
O rabino ponderou a questão gravemente.
- Meu filho - disse por fim, - prometa que fará exatamente como eu lhe disser e sua condição irá melhorar.
- Eu prometo, rabi - respondeu o homem atormentado. - Farei tudo e qualquer coisa que me pedir.
- Diga-me, então, que animais ainda possui?
- Tenho uma vaca, uma cabra e algumas galinhas.
 

- Ótimo! Volte para sua família e coloque as galinhas dentro de casa para morar com vocês.
O pobre homem ficou estupefato mas, como havia prometido ao rabino, voltou para casa e levou as galinhas para morar com a família dentro de casa.
Alguns dias depois, porém, retornou ao rabino e lamentou-se:
- Rabi! Fiz como você havia dito e leve
- Meu filho - respondeu o rabino com serenidade. - Não se desespere. 


Volte para casa e coloque a cabra dentro de casa para morar com vocês. Deus irá ajudá-lo!
O pobre homem achou que ia enlouquecer, mas voltou para casa e levou a cabra para dentro de casa. Mas não demorou até que voltasse correndo até o rabino.
- Santo rabi! - lamuriou-se. - Ajude-me, salve-me! A cabra está destruindo tudo dentro de casa: está transformando a minha vida num pesadelo. O cheiro está insuportável e ninguém agüenta mais a sujeira.
- Meu filho - condoeu-se o rabino. - Não se desespere. Deus irá ajudá-lo. 


Volte para casa e traga também a vaca para morar com vocês.
O pobre homem achou que ia enlouquecer, mas voltou para casa e levou a vaca para morar com a família dentro de casa. Logo no dia seguinte, porém, voltou desesperado ao rabino.
- Rabi, rabi! Seus conselhos só estão nos trazendo desgraças! As coisas não param de piorar. A vaca transformou minha casa num curral e agora estamos vivendo de fato no meio da merda. Como pode um ser humano dividir o seu espaço com um animal? É um inferno, rabi, um inferno!
- Meu filho, você tem razão. Volte e tire todos os bichos de dentro de casa.  
No mesmo dia o homem correu para procurar o rabino.
- Rabi, rabi! - gritou ele com o rosto resplandecente. - Minha vida voltou a ser um paraíso. A casa está limpa, sossegada e vazia como não se via há muito tempo. É um prazer viver nela.