De que tamanho são os seus problemas? Você acredita que eles sejam maiores do que os de quaisquer outras pessoas?
Habitualmente, quando atravessamos dificuldades, ocorre de as vermos
como intransponíveis e insolúveis o que concorre para estabelecer
painéis de maior tristeza e dor.
A propósito, nos recordamos da história de uma garota que costumava desesperar-se ante pequenos contratempos que lhe adviessem.
Preocupado, seu pai convidou-a, certo dia, a dar um longo passeio montanha acima.
A subida íngreme exigiu esforço, compensado pela vista maravilhosa da
paisagem, que permitia descobrir velhas árvores coloridas de um verde
espetacular, a cachoeira que descia caprichosa, esparramando-se pela
encosta, cantando docemente, enquanto lavava as pedras do caminho.
A tudo a pequena ia observando, entre surpresa e extasiada. O pai se
permitia, vez por outra, observações ponderadas a respeito da grandeza
de Deus, o Excelente Artista que assim tudo dispusera, naqueles quadros
magníficos.
Chegados ao cimo da montanha, o pai convidou a filha a olhar para baixo, falando do que via.
Ela se admirou de ver as pessoas se movendo lá na cidade, quais
pequenas formigas. As casas pareciam caixinhas de fósforos,
caprichosamente dispostas ao longo de cercas minúsculas.
As árvores tinham o porte de raminhos verdes, espetados na terra. Os
carros semelhavam brinquedos comandados à distância, por controle
remoto.
Percebeu como as coisas são pequenas, vistas daqui do alto? – perguntou o pai.
Esta é uma técnica que sempre utilizo quando me vejo em meio a muitos
problemas. Subo a montanha e, vendo tudo tão pequeno, começo a pensar
que os meus problemas devem ser vistos assim: como alguém que olha as
coisas de cima de uma montanha. Tudo então fica mais fácil.
Mas quando você sobe pai, os problemas não sobem junto?
Não, respondeu ele. Na medida em que eu subo, creio que eles não têm resistência, ficam cansados.
Quando chego cá em cima, maravilhado com tanta beleza, eles já estão
sem fôlego, perdidos pelo caminho. Daí, respiro o ar puro e me disponho a
transpirar no trabalho, esforçando-me por superar os obstáculos.
Não se esqueça, finalizou, de olhar as coisas difíceis da vida, como
quem sobe uma montanha e passa a ver melhor as coisas, lá de cima.
* * *
Semelhantes ao fato narrado busquem olhar os obstáculos de um ângulo mais elevado.
Subamos a montanha da oração, buscando o auxílio Superior e, então,
contemplemos a problemática que nos atinge com olhos diferentes, olhos
que traduzam a certeza de que não nos encontramos ao desamparo, em
momento algum.
Certeza de quem sabe que ao se escalar a montanha da prece, rumando
para cima, do Alto fulgem bênçãos de socorro, paz e harmonia que nos
ajudam a superar os percalços do caminho.
* * *
Ninguém recebe peso superior ao que possam suportar seus ombros.
E Jesus prossegue, nos dias da atualidade, convidando os enfermos e
aflitos ao Seu regaço, dizendo: Vinde a Mim todos vós que estais aflitos
e sobrecarregados, que Eu vos aliviarei.
Os aflitos são os que padecem dores morais, decepções, tristeza, angústia.
E sobrecarregados são os que atravessam as dificuldades físicas, doenças, pobreza, entre outras.
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