sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Deus não nos deixa na rotina

 

Beethoven foi um grande músico e era surdo. Seu pai era neurótico e batia a cabeça dele na parede. Com isso, o compositor, ainda menino, foi perdendo a audição. Para escutar o que compunha, ele encostava o ouvido no piano e sentia as cordas vibrarem. A música estava na cabeça dele e ele escrevia, mas sem escutá-la.

Beethoven não queria ser surdo, mas o era, e justamente, por isso, lutou contra a surdez e fez coisas maravilhosas. Em geral, dizemos que somos pecadores, fracos, maliciosos, neuróticos, sensuais... e porque nos sentimos assim, nos entregamos e acabamos nos tornando mais sensuais, mais vaidosos, brutos e egoístas ainda. Mas é preciso fazer como Beethoven: aproveitarmo-nos da "doença" ou do vício, que temos, como trampolim para subir alto.

Deus não nos deixa na rotina. De tempos em tempos, Ele nos traz coisas novas. Ele vai desdobrando o que Ele mesmo criou. Vai nos apontando realidades novas e nos conduzindo por rumos inusitados, os quais antes nem podíamos imaginar. "Isto é obra de Deus: admirável aos nossos olhos". Um coração que adora o Senhor não perde a capacidade de se maravilhar diante dessa obra de restauração que Ele realiza. Não temos como parar. Não temos como envelhecer. Somos e seremos sempre novos quando nos abandonamos nas mãos de Deus.

 Padre Jonas Abib

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