domingo, 22 de junho de 2014

Os dois irmãos



Paulo e Joaquim eram dois irmãos. Apesar de terem crescidos juntos, os dois tinham personalidades bem diferentes. Paulo era trabalhador, dedicado, esforçado, enquanto Joaquim só pensava em festas. Na cidade onde viviam, havia uma grande empresa e os dois foram contratados quase na mesma época como faxineiros, pois nenhum dos dois foi além do ensino fundamental.
O tempo passou e a empresa, pensando na formação dos seus funcionários, ofereceu um curso supletivo para os que quisessem completar o ensino médico. Quem quisesse, era só permanecer após o expediente e ter as aulas na própria empresa. Paulo, sempre interessado em crescer, aceitou imediatamente. Joaquim, no auge da sua juventude, não quis gastar seu tempo numa sala de aula. Preferia ficar com os amigos. Além do mais, ficar na empresa sem ganhar hora extra lhe parecia um absurdo.

Mais alguns meses e a empresa ofereceu cursos técnicos. Paulo novamente se inscreveu, mas Joaquim não quis abrir mão do futebol, nem dos programas de televisão favoritos, nem do chope com os amigos.

Novas oportunidades surgiram: curso de línguas, de informática, de contabilidade, recursos humanos etc. Paulo sempre disposto, abraçava tudo o que era possível. Joaquim nunca tinha tempo livre, suas justificativas eram as mais diversas.

Po causa da boa formação, Paulo foi crescendo na empresa. À medida que novas vagas iam surgindo, seu nome era lembrado por sua competência e dedicação. Foi promovido diversas vezes e logo alcançou um cargo de gerência. Seu departamento se destacava na empresa por ser o mais organizado e com aos melhores resultados. Paulo, porém, continuava a aproveitar todas as possibilidades que a empresa oferecia para o seu aprimoramento.

Certa vez, o dono resolveu homenagear Paulo pela contribuição no crescimento da empresa. Comemoraram com uma festa para todo o departamento. Naquela mesma tarde, Joaquim passou por ali para fazer a limpeza das salas. Alguém que não conhecia o parentesco entre os dois puxou assunto:

- Que excelente gerente é o senhor Paulo, não?

- Sim, é mesmo… Ele é meu irmão.

- Seu irmão? Ele é gerente e você faxineiro?

- Pois é, como a vida é ingrata… Ele teve sorte e eu não – concluiu Joaquim.

Para refletir
As virtudes não são bens que podem ser comprados ou vendidos, nem mesmo trocados. Elas não dependem da sorte, mas são frutos de um esforço pessoal, de dedicação. Devem ser constantemente alimentadas, bem cuidadas, desenvolvidas. Elas demonstram nosso caráter e constroem a nossa personalidade. Todo ser humano é reconhecido por suas virtudes, por isso é tão importante cultivá-las. Se não nos dedicarmos e procurarmos crescer, certamente nunca alcançaremos os nossos sonhos. Nós construímos a nossa vida a cada dia, pelas opções que fazemos e pelas virtudes que alimentamos. Nós somos frutos das escolhas que fazemos. Não se lamente se você fizer as escolhas erradas, mas procure contorná-las com atitudes produtivas.

O que você diria a Joaquim se fosse a pessoa que o encontrou no dia da festa? E a Paulo? Pense um pouco na sua historia de vida. Como as suas opções influenciaram no que você é hoje? Que atitudes você pode tomar de agora em diante para ter mais sucesso e realização? Como você pode corrigir opções malfeitas no passado que ainda interferem em sua vida hoje?

Um comentário:

Marie Martins disse...

Bem assim é na vida espiritual.Todos temos a mesma oportunidade...De ir à igreja, de ler a Bíblia e bons livros, de visitar um orfanato um asilo, penitenciárias e pregar o evangelho etc. Quando Jesus voltar a este mundo, que pelas profecias percebe-se q está bem próximo, será o momento em q todos lembrarão das oportunidades q tiveram pra se preparar e viver a eternidade com Deus, e o pior é que não hã nada q se possa fazer! E estarão perdidos para sempre.