quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O Órfão e o Aleijado


Era uma vez um pequeno menino que vivia em um orfanato e que desejava poder voar como um pássaro. Era muito difícil para ele entender por que não podia voar. Havia pássaros que eram maiores que ele, e eles podiam voar...

E ele pensava:
- Por que não posso voar? Tem alguma coisa errada comigo?.

Um dia o pequeno menino fugiu do orfanato. Correu, correu e correu muito até que descobriu um parque onde crianças corriam e brincavam. Ele viu um outro pequeno menino que não podia correr e brincar com as outras crianças. Era aleijado.

O órfão se aproximou do aleijado e perguntou:
- Alguma vez você já quis voar como um pássaro?

- Não - respondeu o menino que não podia caminhar ou correr - mas eu gostaria de caminhar e correr como os outros meninos e meninas.

- Isso é muito triste. Falou o menino que queria voar. Nós podemos ser amigos?

- É claro que podemos! respondeu o outro.

Os dois pequenos meninos brincaram por horas. Fizeram castelos de areia... Emitiram sons engraçados com as bocas. Sons que os fizeram rir bastante. Então o pai do pequeno menino veio com uma cadeira de rodas para apanhar seu filho.

O pequeno menino que queria voar se aproximou do pai de seu novo amigo e sussurrou algo em seu ouvido.
- Isso seria ótimo disse o homem.

O pequeno menino, que sempre desejou voar como um pássaro, correu até o novo amigo e disse:
- Você é meu único amigo e eu gostaria que houvesse algo que eu pudesse fazer para você caminhar e correr como outros pequenos meninos e meninas. Mas eu não posso. Mas tem algo que eu posso fazer por você.

O pequeno menino órfão virou-se e pediu ao amigo que subisse em suas costas. Depois ele começou a correr pela grama. Mais rápido e mais rápido ele correu, enquanto levava o pequeno menino aleijado às costas. Cada vez mais rápido ele corria pelo parque. O vento assobiava em suas faces.

O pai do pequeno menino começou a chorar, vendo seu pequeno filho aleijado, agitando os braços para cima e para baixo, soltos ao vento, enquanto gritava bem alto:
- EU ESTOU VOANDO, PAPAI. EU ESTOU VOANDO!

E realmente "voava", feliz, com as asas da amizade. 

AUTOR DESCONHECIDO

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