quarta-feira, 10 de outubro de 2012

QUANDO ANOITECE

O momento é de paz, de silêncio, de interiorização. Desligado de tudo, só escuto o fundo musical que envolve a noite, suave, misteriosa.
Feliz, concentrado, bem a vontade, mergulho nas águas da quietude, buscando o que de mais sagrado existe dentro de mim.
No silêncio da noite, me encontro, analiso e redimensiono. Calmamente, porque as noites nunca tem pressa. Revendo caminhos andados, resgato elos perdidos, sonhos realizados, esperanças falidas.
É bom demais cerrar os olhos, descansar a mente, sabendo que o amanhã traz novas promessas, sorrindo esperanças, horizontes bem amplos.
Senhor, sinto que estás nas noites que me revelam teus desígnios de amor, bondade e misericórdia. O silêncio, que me envolve e pacifica, é tua voz que fala, orienta. A paz que desfruto traz o carimbo inconfundível do além.
Ao contemplar a lua andando no firmamento, vejo-a como assinatura divina cravada nas nuvens mutantes. As noites estreladas me transmitem a sensação de bem-estar e felicidade indescritíveis, iluminando todo o meu ser. Fico até sem vontade de me recolher, intuindo que dormir é perder tempo e momentos de poesia.
Senhor, eu amo as noites, dentro das quais me sinto vivo, inteiro, reconciliado, transbordando alegria pascal.
Fica comigo, Senhor, no descambar de mais uma jornada. E juntos, amanhã, após um bom descanso, um novo dia iniciaremos. Com a tua graça e benção, tentarei fazer o bem, sem olhar a quem, levando braçadas de benemerências, ternura e bondade a todos aqueles que encontrar em meu itinerário.
Boa noite, Cristo Jesus. Valeu a gente conversar descontraidamente, de amigo para amigo, sem urgência, sem atropelos, esquecendo o relógio, recolhendo ressonâncias de eternidade nos recessos do coração.
AUTOR DESCONHECIDO

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