domingo, 19 de agosto de 2012

Rotina


Estou cansada de trabalhar e ver todos os dias as mesmas pessoas no caminho; passar horas trabalhando. Chego em casa e meu marido sempre do mesmo jeito, com a mesma disposição, a mesma comida para o jantar. Entro no banho e logo ele começa a reclamar.

Quero descansar e assistir minha novela, mas meus filhos não me deixam, porque querem brincar comigo e conversar. Não entendem que estou cansada. Meus pais também me irritam algumas vezes e entre trabalho, marido, filhos, pais e cuidar da casa, eles me deixam louca. “Quero Paz”.

A única coisa boa é dormir. Ao fechar os olhos sinto um grande alívio, me esqueço de tudo e de todos.

Ao dormir...

- “Olá, vim te ajudar”.

- Quem é você? Como entrou?

- “Sou um servo de Deus. Ele disse que ouviu suas queixas e que você tem razão”.

- Isso não é possível, para isso eu teria que estar...

- “Isso, você está. Não se preocupará mais em ver sempre as mesmas pessoas, nem por aguentar o seu marido com suas reclamações e sua disposição, nem seus filhos que te irritam, nem terá que escutar os conselhos de seus pais e não terá mais qualquer casa para cuidar.”
Mas... Que acontecerá com todos? Com meu trabalho? Minha casa?

- “Não se preocupe. No seu trabalho já contrataram outra pessoa para o seu lugar e ela certamente está muito feliz porque estava sem trabalho”.

- E meu marido, meus filhos?

-- “Ao seu marido foi dado uma boa mulher que o quer bem, o respeita e o admira por suas qualidades, aceita seus gostos e defeitos e todas as suas reclamações. Além disso, ela se preocupa com seus filhos como se fossem filhos dela. De certo, tem uma emoção muito grande já que é estéril. Por mais cansada que chegue do trabalho, dedica tempo a brincar com eles e para agradar seu marido. Todos estão muito felizes”.

- -Mas não quero isso!

- -“Sinto muito, a decisão foi tomada”.

- Mas isso significa que jamais voltarei a beijar o rostinho dos meus filhos, nem dizer “eu te amo” ao meu marido e mostrar a eles o quanto são importantes na minha vida, nem dar um abraço nos meus pais.

Não, não quero morrer, quero viver, envelhecer junto ao meu marido, fazer a viagem que há muito planejamos, colocar aquela roupa que comprei há mais de 1 ano, levar meus filhos ao passeio que sempre prometi. Não quero morrer ainda...

- ”Mas era o que você queria... Descansar. Agora já tens seu descanso eterno, durma para sempre”.

- Não, não quero, por favor, Deus!

... “Que aconteceu amor? Teve um pesadelo?” Disse meu marido me acordando com paciência e carinhosamente.

- Sim, um pesadelo horrí... Parei a frase ao meio, olhei em seu rosto, seu semblante preocupado comigo, ali do meu lado, e então, sorrindo falei:

- Não meu amor... Não tive pesadelo nenhum, tive um encontro com Deus, que nos adora, e que acaba de me dar uma nova oportunidade.

Amar e ser amado por alguém... É o que nos aproxima do Criador.


AUTOR DESCONHECIDO

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