sexta-feira, 3 de agosto de 2012

O caule de parreira


Certa vez, há muito tempo atrás, um pequeno caule de parreira estava muito alegre por estar vivo. Bebia água e minerais da terra e cresceu e cresceu. Era jovem e forte e pode se arranjar bem... Tudo por conta própria.

Mas então, o vento foi cruel, a chuva foi hostil, com a neve não tinha nenhum acordo, e o pequeno caule de parreira sofreu. Ele ficou caído, frágil e sofrido. Seria bem mais fácil parar de tentar crescer, parar de tentar viver. E o caule de parreira estava infeliz! O inverno seria longo e o caule estava cansado.

Mas então o pequeno caule de parreira ouviu uma voz.
Era outro caule de parreira chamando por ele...
- Aqui, estique-se... Pendure em mim. Mas o caule hesitou.

- O que isto queria dizer? Ele pensou. Pois veja você, o pequeno caule sempre tinha se virado bem... Tudo por conta própria.

Mas então, muito cautelosamente, se esticou em direção do outro caule de parreira.
- Veja, posso ajudá-lo, o outro disse. Apenas se enrosque em mim e eu o ajudarei a se levantar.

E o pequeno caule confiou... E repentinamente pode ficar reto outra vez.

O vento veio... E a chuva... E a neve, mas quando vieram, o pequeno caule de parreira se agarrava a muitos outros caules.
E embora os caules fossem sacudidos pelo vento e congelados pela neve, eles se mantinham fortemente unidos um ao outro.
E em sua incansável força... Puderam sorrir e crescer.

E então, um dia, o pequeno caule de parreira olhou para baixo e viu um minúsculo caule, oscilando, assustado.
E nosso pequeno caule de parreira disse,
- Aqui, pendure-se em mim... Eu o ajudarei.

E o outro caule alcançou nosso caule de parreira, e junto
todos os caules cresceram.

Folhas brotaram... Flores surgiram... E finalmente, uvas se formaram. E as uvas alimentaram a muitos. Foi preciso apenas
que os caules se ajudassem.

AUTOR DESCONHECIDO

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