quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O BARCO E A VIDA


A vida é mesmo assim, dias felizes, outros, nem tanto.
É mais ou menos como um pequeno barquinho perdido em alto mar, ora uma onda nos joga para lá, ora, outra, nos joga para cá.
Assim como o barco tem um marinheiro para o guiar, nós somos o marujo de nosso próprio barco, precisamos segurar firme o timão e dirigir nossa vida para longe dos corais e dos rochedos, mas, se a tempestade vier…
Às vezes, nem toda a perícia do timoneiro consegue livrar o barco de tombar ou de encalhar, mas é preciso lutar e tentar, sempre, pois, quem sabe, nosso barco irá aportar em uma ilha deserta, cheia de sol, flores melífluas, águas transparentes, com coqueiros e palmeiras, que cederão suas folhas para que façamos uma cama e nela nos deitemos ao luar, até a hora de sermos resgatados.
Ou, quem sabe, rezemos para o resgate não chegar logo, que ele demore um pouco, precisamos desfrutar, precisamos aprender a nos amar, pois, no deserto da ilha, muito poderemos a aprender sobre a vida e sobre o valor desta. Quem sabe?
Quem sabe ainda, o destino nos reserve uma ilha inóspita, onde teremos que lutar para sobreviver e para aprender o mundo enfrentar?
Ou, ainda, quem sabe, aportaremos em um lugar qualquer do planeta, em ótima companhia, onde, por um tempo se possa ficar, para  sonhar e amar?
 
Assim é a vida, um barquinho perdido em alto mar.
SÔNIA MOURA

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