quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Silêncio Necessário


O silêncio faz grande falta na
civilização contemporânea.
Fala-se em demasia, e, por conseguinte,
fala-se do que não se deve, do que não se sabe,
do que não convêm, apenas pelo hábito de falar.
 Na falta de um assunto edificante, ou com
 indiferença para com ele, utilizam-se de temas negativos,
prejudiciais ou sórdidos,
envilecendo a própria alma, enxovalhando
o próximo e consumindo-se
energias valiosas. Há uma preocupação muito
excessiva em falar, opinar, mesmo
quando se desconhece a questão.
Parece de bom-tom a postura de referir-se a tudo, de tudo estar a par.
Aumenta-se, assim, a maledicência, confundem-se as opiniões,
entorpecem-se os conteúdos morais das palavras.
Se cada pessoa falasse apenas o necessário e no momento oportuno,
haveria um salutar silêncio na terra.
Faz-se silêncio diante de observações pejorativas, de assuntos
prejudiciais, matando, ao surgir, a informação malsã.
Quando te tragam opiniões infelizes, reclamações, queixas que põem mal
diante de ti o ausente, seja ele quem for, não te deixes contaminar
pelo morbo da palavra insensata. Há pessoas que se autonomeiam fiscais do próximo e
não se detêm a examinar a conduta, deste modo, reprochável.
Raramente, falam bem, referem-se ao lado bom das pessoas
e dos acontecimentos. Porque não era visível a antiga face oculta da lua,
isto dava margem às mais variadas conjecturas, sempre exageradas,
fantasistas. Todas as pessoas possuem o seu lado oculto, certamente
negativo em umas, quanto admirável noutras.
A observação sob alta dose de má vontade, apenas vê o que quer
e fala o de que gosta.
Não opines mal a respeito de ninguém, mesmo que o outro mereça.
Tampouco, te deixes emaranhar pelos que falam mal do próximo.
Eles terminarão por submeter-se à opinião que lhes apraz, armando-te
contra aqueles com quem não simpatizam.
Falar bem ou mal é um hábito.
Quando as referências são acusadoras, levam a alma da vítima
à morte, porém suicida-se também, aquele que sempre aponta o erro.
Use o silêncio necessário.
Não a mudez caprichosa, vingadora. Mas a discreta
atitude de quietação e respeito.
O silêncio faz bem àquele que o conserva.
Jesus calou muito mais do que falou.
Os Seus Silêncios Sábios são o atestado mais
expressivo do Seu Amor pela humanidade.
Pensa nEle, quando chamado a falar insensatamente e imite-O.
AUTOR DESCONHECIDO

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