sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Entre Irmãos


Um tipo de beneficência indispensável ao êxito nas tarefas de grupo: o entendimento entre os companheiros.
Não nos referimos ao entendimento de superfície, mas à compreensão de base, através da paciência recíproca, que se apresente, na esfera do trabalho, para a superação de todo o impeço.
Acostumamo-nos a subestimar as exigências pequeninas, como sejam : a supressão de um equívoco, a reformulação de um pedido, uma frase calmante em hora difícil, o afastamento de uma queixa… E a tisna de sombra passa a enovelar-se com outras tisnas de sombra; a breve espaço, hei-las transformadas em bola de trevas, intoxicando o ânimo da equipe com a obra ameaçada de colapso ou desequilíbrio.
Não ignoramos que um parafuso desarranjado numa roda em movimento, compromete a segurança do carro; que o curto-circuito em recanto esquecido, é suscetível de incendiar e destruir edifícios inteiros… Mesmo assim : não sanamos, comumente, o mal-entendido, capaz de converter-se em agente de perturbação ou desordem, arrasando largas somas de serviço, no qual se garante a paz da comunidade. Estabelecido o descontrole no mecanismo de nossas relações uns com os outros, pausemos um minuto de meditação e prece, para observar com serenidade o desajuste em causa ou o hiato havido. Em seguida, aceitemos a mais elevada função da palavra : a da construção do bem, e, saibamos esclarecer-nos, mutuamente, esculpindo o verbo em tolerância e fraternidade, a fim de que a marcha eficiente do grupo não se interrompa.
Certifiquemo-nos de que muito coração do caminho espera unicamente um toque de gentileza para se descerrar à alegria e ao trabalho, ao apaziguamento e à renovação, lembrando certas portas de nobre e sólida estrutura que agüentam golpes e murros de violência, sem se alterarem, mas que se abrem, de imediato, sob a doce pressão de uma chave.
AUTOR DESCONHECIDO

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