sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Liberdade



Um lindo pássaro canta no jardim da sua casa todos os dias.
Encantado com a beleza daquela plumagem e com a suavidade do seu canto, você decide conquistá-lo...
Primeiro coloca lindos bebedouros com água e açúcar para atraí-lo com a comida.
Depois de uma semana ele já está acostumado com seu jardim e com a água dos bebedouros.
Você resolve então dar mais um presente: espalha comida em diversos pontos do quintal fazendo um caminho até a sua janela.
O lindo pássaro, confiante e feliz segue o rastro até bem perto de você.
Com o seu melhor sorriso, você passa semanas a colocar comida no parapeito de sua janela, até que o pássaro está totalmente envolvido por sua gentileza e carinho. Finalmente, ele abre a guarda indo comer na sua mão.
Você aproveita e prende o pássaro firmemente, colocando-o imediatamente em uma linda gaiola dourada.
Feliz com a conquista você passa a admirar o pássaro.
Agora ele é só seu! Ninguém mais vai poder tomá-lo de você.
É seu por direito!
Os dias passam, o pássaro não canta mais.
Suas penas perdem o brilho a cada
dia. De cabeça baixa e com um olhar perdido o pássaro recusa o alimento que antes buscava em suas mãos.
Sentindo a sua morte e não compreendendo tanta infelicidade, você resolve soltar o pássaro que voa assustado pela janela rumo a liberdade.
Em seu devaneio, imagina que nunca mais vai rever o pássaro e chora assustado pela ausência.
Um vazio está instalado em sua alma.
No dia seguinte, para seu espanto, o passarinho volta a sua janela cantando com mais vigor e energia.
Suas penas parecem refletir o céu azul e você percebe finalmente a grande verdade:
se você realmente ama alguém, deve deixá-lo livre para viver com liberdade.
Se ele for seu, voltará sempre.
Se ele partir e nunca mais voltar, nunca foi seu.
(desconheço o autor)

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