quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Mãe adotiva


Eu sei, mamãe, que por um capricho do destino, ou simples desejo Divino não foi em seu ventre que me formei . Quis a vida que eu fosse escolhido não pelo acaso, mas pelos próprios caminhos apontados por Deus.

Eu sei que a primeira vez que você me sentiu mexer foi em seus braços e não em seu ventre. Mas...mãe! Há algo mais forte que os laços de sangue: são os laços do coração, aqueles que por uma razão inexplicável nos ligam para sempre a uma outra pessoa. Assim eu nasci, não da sua barriga, mas do seu ser.

E você me acolheu com braços quentes, como se eu fosse carne da sua carne. Me pôs contra seu peito e eu pude ouvir a voz do seu coração me acalmava me dizendo para não ter medo, que eu encontrei um lar.
Você me devolveu a dignidade de ser chamado de filho e a honra de ter uma verdadeira mãe, exatamente como deve ser.

Sei que em momentos de zanga eu digo que vou procurar minha mãe. Mas quero que você saiba que meu coração não pensa o que digo e gostaria que me perdoasse. Mãe não só é aquela que põe no mundo, mas aquela que, vivendo ao nosso lado, nos prepara para enfrentar o mundo. Aquela que cura a dor com beijos e se alegra quando nosso coração se alegra.
Talvez você não tenha me dado a vida, mas deu certamente uma razão para viver...

Deus sabia, mamãe, que você era o anjo na medida exata para fazer a minha felicidade.
Te amo!
 
Letícia Thompson

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