quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A Lição do Jardineiro


Um dia, o executivo de uma grande empresa contratou, pelo telefone, um
jardineiro autônomo para fazer a manutenção do seu jardim. Chegando em casa,
o executivo viu que estava contratando um garoto de apenas 15 ou 16 anos de
idade.
Contudo, como já estava contratado, ele pediu para que o garoto executasse o
serviço.
Quando terminou, o garoto solicitou ao dono da casa permissão para utilizar
o telefone e o executivo não pôde deixar de ouvir a conversa.
O garoto ligou para uma mulher e perguntou:
- A senhora está precisando de um jardineiro?
- Não. “Eu já tenho um”, foi a resposta.
- Mas, além de aparar a grama, frisou o garoto, eu também tiro o lixo.
- Nada demais, retrucou a senhora, do outro lado da linha. O meu jardineiro
também faz isso.
O garoto insistiu: Eu limpo e lubrifico todas as ferramentas no final do
serviço.
- O meu jardineiro também, tornou a falar a senhora.
- Eu faço a programação de atendimento, o mais rápido possível.
- Bom, o meu jardineiro também me atende prontamente. Nunca me deixa
esperando. Nunca se atrasa.
Numa última tentativa, o menino arriscou: O meu preço é um dos melhores.
- Não, disse firme a voz ao telefone. Muito obrigada! O preço do meu
jardineiro também é muito bom.
Desligado o telefone, o executivo disse ao jardineiro:
- Meu rapaz, você perdeu um cliente.
- “Claro que não”, respondeu rápido. Eu sou o jardineiro dela. Fiz isto
apenas para medir o quanto ela estava satisfeita comigo...


Em se falando do jardim das afeições, quantos de nós teríamos a coragem de
fazer a pesquisa deste jardineiro? E, se fizéssemos, qual seria o resultado?
Será que alcançaríamos o grau de satisfação da cliente do pequeno
jardineiro?
Será que temos, sempre em tempo oportuno e preciso, aparado as arestas dos
azedumes e dos pequenos mal-entendidos?
Estamos permitindo que se acumule o lixo das mágoas e da indiferença nos
canteiros onde deveriam se concentrar as flores da afeição mais pura?
Temos lubrificado, diariamente, as ferramentas da gentileza, da simpatia
entre os nossos amores, atendendo as suas necessidades e carências, com
presteza?
E, por fim, qual tem sido o nosso preço? Temos usado chantagem ou, como o
jardineiro sábio, cuidamos das mudinhas das afeições com carinho e as
deixamos florescer, sem sufocá-las?
O amor floresce nos pequenos detalhes. Como gotas de chuva que umedecem o
solo ou como o sol abundante que se faz generoso, distribuindo seu calor. A
gentileza, a simpatia, o respeito são detalhes de suma importância para que
a florescência do amor seja plena e frutifique em felicidade.
AUTOR DESCONHECIDO

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