sexta-feira, 31 de julho de 2009

A PONTE




Olhando as pontes da cidade, surge sempre um pensamento, um pensamento incompleto, confuso, sempre um pensamento.
Gosto das pontes, não sei bem por quê. Elas ligam as cidades, os estados e até mesmo os países.
Ah! O que seria de Recife sem as pontes? O que seria de Veneza sem suas pontes?
Ponte liga, ponte une, ponte canta, ponte fala. Liga as mãos, une os homens, canta para os homens. E o que seria dos homens sem a comunicação com os outros? Seria um ser solitário, um ser incompleto.
As pontes de Recife fazem dela um todo, uma cidade. As pontes ligam brasileiros, argentinos, bolivianos, uruguaios...
sem preconceitos.
A ponte acolhe o mendigo, a ponte mostra o raio à criança, a ponte é o caminho para a casa do amigo.
Sabe? Queria ser ponte para unir, para aproximar, para amar, para fazer do mundo um todo...
Ultimamente refletindo sobre isso, estou chegando a conclusão de que eu posso ser uma ponte, porque os alicerces já estão dentro de mim. É só levantar as colunas. Levantar alto, muito alto...
Só não queria ser um muro. Muro ao contrário da ponte, separa, dispersa, isola.
Não, não quero ser como as muralhas da China que isolam um ponto de outro. Isolam os irmãos dos irmãos.
Quero ser PONTE.
Ponte que une um ponto com outro ponto.


Autor desconhecido.

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