domingo, 31 de março de 2013

Como Respondeu?

 À hora de cólera, você exclamou:
"Vingar-me-ei!"
E perdeu uma feliz oportunidade de exercitar o perdão.

Escarnecido pela ignorância, você retrucou:
"Infeliz perseguidor!"
E malbaratou o ensejo de iluminar em silêncio.

Esbofeteado pela agressividade da intolerância,
você reagiu:
"Nunca mais terás outra ocasião de ferir-me!"
E desperdiçou a lição do sofrimento.

Dominado pela preguiça, você justificou:
"Amanhã farei a assistência programada."
E esqueceu que agora é a hora da ação edificante.

Acuado pela perseguição geral, você indagou:
"Por que Deus me abandonou?"
E não enxergou a Divina Presença na linguagem
do testemunho que lhe era solicitado.

Aturdido pela maledicência, você desabafou:
"Ninguém presta!".
E feriu, sem motivo, muitas almas boas,
generalizando a invigilância e a crueldade.

Esmagado pela pobreza, você inquiriu:
"Onde o socorro celeste?"
E atestou o apego às coisas terrenas.

Ante a felicidade aparente dos levianos, você disse:
"Só os maus vencem!"
E desrespeitou a fé cristã que você vive,
inspirada na cruz de ignomínia onde Ele pereceu.

Ao impacto de acusações injustas, você baqueou: "Estou perdido!"
E não se recordou d'Aquele que é o nosso Caminho.

Entretanto, poderia dizer sempre:
"Em ti confio, Senhor, e a Ti me entrego."
E Ele, que nunca abandona os que n'Ele confiam,
saberia ajudá-lo incessantemente.

(Divaldo Pereira Franco)

sábado, 30 de março de 2013

Eu tentei

Sonhei que você estava muito triste, encostado(a) em uma cama, sem vontade de fazer nada, queria se entregar ao nada, pois nada te interessava. Vi uma grande nuvem cinza escura em volta da sua cabeça, uma energia muito negativa agarrava-se ao seu centro nervoso te deixando mais doente. E eu tentava te chamar, toquei em seu ombro, você sentiu um arrepio, mas não me viu, e eu fiquei ali tentando te ajudar.

Vi você chorando, tentei te consolar, mas você não me ouviu. Vi você maldizer a vida e se achar a mais infeliz das pessoas, mas não viu a luz que vinha do céu em sua cabeça.

Vi você reclamar dos outros, mas não vi um só gesto seu em direção a vida. Não vi você aceitar a ajuda que eu te oferecia.
Você falou que tinha medo da rua, mas não se esforçou para pensar racionalmente nesse medo.
Falou que não tinha nada que fosse seu, eu tentei te mostrar o carinho dos seus pais, e das pessoas que realmente te amavam, mas você fechou os olhos.

Você disse que ninguém se importava com você, e eu vi a pilha de mensagens em sua secretária eletrônica, quantas vezes você deixou o telefone tocar até cair a linha? E as cartas que você nem abriu, os e-mails que nem leu?. Quantas visitas você dispensou sem ao menos falar um "Oi".

Eu vi você pensar em morte, mas você não viu a energia que corria em suas veias, a vida que implorava pra você viver. Você achou que perdeu tudo, eu vi que você estava perto de ganhar muito.
Mas você não queria ver, muito menos ouvir.

AUTOR DESCONHECIDO

sexta-feira, 29 de março de 2013

Pedaço do Céu

Às vezes você se sente deslocado no planeta que habita, como se o Criador o tivesse jogado a esmo, e você caiu em local inóspito e infeliz...
Olha ao redor e tem a sensação de que todos estão bem encaixados, como engrenagens vivas nessa imensa máquina chamada sociedade..., menos você.
Parece até que as pessoas não o vêem, não o ouvem, e sente-se como um fantasma que se move, sem rumo e sem alegria.
E pensa que seria tão bom se você pudesse fazer parte das alegrias de todos, das conquistas alheias, das belezas da natureza que o cerca.
Seria ainda melhor se todos percebessem seus talentos, seus esforços, suas pequenas vitórias, e o amparassem nos seus dias de tristezas...
Sente que pode estar no mundo errado, no momento errado, com as pessoas erradas, e talvez fosse mais feliz se alterasse a rota, trocasse de posição com outra pessoa, fosse outro ser qualquer...
Você olha o céu e analisa os pássaros, na sua trajetória maravilhosa, a planar ao vento com o sol a brilhar sobre suas penas...
É delicioso ser pássaro, pensa você.
Volve os olhos ao mar e analisa os peixes, com suas cores diversas, tamanhos variados e pensa na maravilha que é nadar no recife entre os corais, na água tépida...
Seria tão bom ser peixe..., pensa você.
Observa árvores gigantescas, arbustos, plantas, flores e frutos à disposição dos seres selvagens.
E pensa que não seria nada mau ser um tigre a desfrutar da liberdade, a correr leve e solto, sem peias, sem amarras...
Volta seu olhar para o seio da terra e vê seres que cavam tocas profundas, bem feitas e, embora ache escuro, observa os seres que lá habitam e medita que não seria nada ruim habitar as entranhas da terra...
Volve seu olhar a todos esses seres que habitam o planeta e analisa prós e contras, e percebe cada um com um pedacinho do céu.
E assim é a vida de cada um de nós: diferente, formando habilidades múltiplas, desenvolvendo aptidões diversas, com prós e contras.
Mas, assim como o pássaro não pode nadar, o peixe habitar a selva nem o tigre voar, cada um tem um pedacinho do céu em suas vidas.
Saiba verificar qual é o seu pedaço do céu.
Não ambicione o céu alheio.
É possível que você não esteja preparado para vivenciar a realidade alheia.
Talvez lhe falte envergadura.
Talvez lhe sobre possibilidades.
E não há nada pior do que estar no lugar errado, na hora errada.
Conscientize-se de que você tem o pedaço do céu que merece e que tem a capacidade de desfrutar.
De que adiantaria o pôr-do-sol mais esplendoroso para quem não pode enxergar?
Viva o seu momento, na certeza de que a vida futura lhe reserva experiências diferentes, mestres diferentes e, sobretudo, o pedaço do céu que lhe pertence...
Pense nisso!
Este é o seu momento de crescer, de produzir, de colaborar com o Criador exatamente onde ele o colocou.
Seja feliz no seu pedacinho do céu, que é único e é seu!

quinta-feira, 28 de março de 2013

Deus e a felicidade

Uma das coisas que mais o homem busca é a felicidade. E o que mais se ouve as criaturas afirmarem é que são infelizes.

Esse é infeliz porque não tem dinheiro. Outro, porque lhe falta saúde, outro ainda, porque o amor partiu. Ou nem chegou.

Um reclama da solidão. Outro, da família numerosa que o atormenta com mil problemas.

Um terceiro aponta o excesso de trabalho. Aquele outro, reclama da falta dele.

Alguém ama a chuva, o vento e o frio. Outro lamenta a estação invernosa que não lhe permite o gozo da praia, dos gelados e do calor do sol.

Em todo esse panorama, o homem continua em busca da felicidade. Afinal, onde será que Deus ocultou a felicidade?

Soberanamente sábio, Deus não colocou a felicidade no gozo dos prazeres carnais. Isso porque uma criatura precisa de outra criatura para atingir a sua plenitude.

Assim, quem vivesse só pelos roteiros da terra, não poderia encontrar a felicidade.

Amoroso e bom, o Pai também não colocou a felicidade na beleza do corpo. Porque ela é efêmera. Os anos passam, as estações se sucedem e a beleza física toma outra feição.

A pele aveludada, sem rugas, sem manchas, não resiste ao tempo. E os conceitos de beleza se modificam no suceder das gerações. O que ontem era exaltado, hoje não merece aplausos.

Também não a colocou na conquista dos louros humanos, porque tudo isso é igualmente transitório.

Os troféus hoje conquistados, amanhã passarão a outras mãos, mostrando a instabilidade dos julgamentos e dos conceitos humanos.

Igualmente, Deus não colocou a felicidade na saúde do corpo, que hoje se apresenta e amanhã se ausenta.

Enfim, Deus, perfeito em todas as suas qualidades, não colocou a felicidade em nada que dependesse de outra pessoa, de alguma coisa externa, de um tempo ou de um lugar.

Estabeleceu, sim, que a felicidade depende exclusivamente de cada criatura. Brota da sua intimidade. Depende de seu interior.

Como ensinou o extraordinário Mestre Galileu: "o reino dos céus está dentro de vós."

Por isso, se faz viável a felicidade na terra. Goza-a o ser que não coloca condicionantes externas para a sua conquista.

É feliz porque ama alguém, mesmo que esse alguém não o ame. É feliz porque pode auxiliar a outrem, mesmo que não seja reconhecido.

É feliz porque tem consciência de sua condição de filho de Deus, imortal, herdeiro do universo.

Não se atém a picuinhas, porque tem os olhos fixos nas estrelas, nos planetas que brilham no infinito.

Se tem família, é feliz porque tem pessoas para amar, guardar, amparar.

Se não a tem, ama a quem se apresente carente e desamparado.

Se tem saúde, utiliza os seus dias para construir o bem. Se a doença se apresenta, agradece a oportunidade do aprendizado.

Nada de fora o perturba. Se as pessoas não o entendem, prossegue na sua lida, consciente de que cada qual tem direito a suas próprias idéias.

Se tem um teto, é feliz por poder abrigar a outro irmão, receber amigos. Se não o tem, vive com a dignidade de quem está consciente de que nada, em verdade, nos pertence.

Enfim, o homem feliz é aquele que sabe viver plenamente cada momento de sua vida e que a verdadeira felicidade reside na conquista dos tesouros imperecíveis da alma.

AUTOR DESCONHECIDO

quarta-feira, 27 de março de 2013

O Aviso

Existem pessoas que, por sua forma natural de agir, conquistam os demais. Algumas são tão estimadas pelas crianças que passam a ser chamadas de tias, vovôs, sem terem qualquer laço de parentesco.

Assim era com o senhor Raul. Ele fora, durante anos, o professor de História na maior escola daquela cidade.

Aposentado, afeiçoado às crianças e à cultura, ofereceu-se como voluntário na biblioteca pública.

Idealista e idealizador, criou um pequeno espaço, no andar térreo, próximo ao setor de livros infantis, a que denominou o cantinho das histórias.

Todas as tardes, durante um período previamente marcado, ali ficava ele, a encantar os pequenos com suas histórias.

Com o passar dos meses, o número de visitas à biblioteca foi se tornando maior. Em especial as crianças e, de preferência, na hora das histórias de vovô Raul.

Na proximidade do Natal, o bom professor começou a cogitar o que de melhor poderia fazer para comemorar, com a comunidade, o nascimento de Jesus.

Recordou, então, do que fizera Francisco de Assis, no século treze. Por isso, buscou amigos e conhecidos, solicitou ajuda, em recursos e mão de obra, e deu início ao cenário do nascimento do Cristo.

Todos se entusiasmaram com o projeto. Não faltaram voluntários.

Ergueu-se o que deveria parecer um estábulo, colocou-se a manjedoura, a palha, criou-se um ambiente rústico no pequeno canto destinado às histórias do vovô Raul.

Às vésperas do dia de Natal, Raul recolheu-se tarde, após verificar que tudo estava em ordem. Já estavam escolhidos os personagens que, no dia seguinte, dramatizariam o nascimento do menino Jesus.

Nenhum detalhe fora esquecido e sabia-se que grande parte da comunidade acorreria ao evento. Naturalmente, em horários diversos, pois o ambiente não comportava todos de uma única vez.

Mal se deitara, Raul teve a impressão de escutar uma voz que lhe dizia para trocar o local da dramatização para o lado oposto, nos fundos da sala.

Por mais que tentasse conciliar o sono, aquilo não lhe saía da mente. Tanto o atormentou que ele mal dormiu. Levantou-se pela madrugada e foi chamar os seus voluntários para proceder à mudança.

Não conseguia saber porque, mas devia fazer aquilo. Era algo dentro dele que falava alto.

Um tanto cansados, mas respeitosos, concordaram os auxiliares em realizar a mudança do cenário para os fundos da sala, no lado oposto.

Quando a comemoração atingia o auge e a sala se encontrava repleta, um estrondo ensurdecedor se fez ouvir.

Todos se voltaram para o cantinho das histórias, de onde vinha o ruído, e viram aterrorizados um ônibus desgovernado adentrar à biblioteca derrubando prateleiras e livros, parando a poucos passos de onde eles se encontravam.

Foi então que vovô Raul entendeu que foi a Providência Divina, sempre solícita para com os Seus filhos, que lhe inspirou, com insistência, a idéia de realizar a mudança e, na sua intimidade, orou ao divino Pai, agradecendo.
* * *
Muitas vezes, os Anjos nos alertam, através da inspiração, das dificuldades e tropeços que podem ser evitados.

Todas as criaturas são desta forma auxiliadas, mas que nem todas se apercebem.

Existem mesmo as que levam tudo à conta de superstição e crendice, esquecidas de que Deus vela por todos, continuamente, providenciando o socorro devido nas mais diversas ocasiões.

terça-feira, 26 de março de 2013

Ensaios para o Amor

 Ela era uma velhinha que morava sozinha, em uma grande casa. Não tinha amigos porque, ao longo dos anos, ela os vira morrer, um a um.

Seu coração era um poço de saudade e de perdas. Por isso, ela decidira que nunca mais se ligaria afetivamente a ninguém.

E, para se lembrar que um dia tivera amigos, passara a chamar as coisas pelos nomes dos amigos que haviam morrido.

Sua cama se chamava Belinha. Era grande, sólida e confortável. Mesmo depois que ela se fosse, Belinha continuaria a existir.

A poltrona confortável da sala de visitas se chamava Frida. Haveria de durar muitos anos mais.

A casa se chamava glória. Tinha sido construída há mais de cem anos, mas não aparentava mais que vinte. Era feita de madeira muito forte, vigorosa.

E o carro, grande, espaçoso se chamava Beto. "haveria de servir", pensava a velhinha, "para alguém, depois de sua morte."

E assim vivia a velhinha solitária.

Certo dia, quando estava lavando a lama de Beto, um cachorrinho chegou no portão. O portão não tinha nome, porque ela achava que ele logo teria que ser substituído. Suas dobradiças estavam enferrujadas e a madeira apodrecida.

O animalzinho parecia estar com fome e ela tirou um pedaço de presunto da geladeira e o deu ao cão, mandando-o embora.

Porém, no dia seguinte, ele voltou. E no outro e no outro. Todos os dias, ele vinha, abanava o rabo e ela o alimentava, mandando-o embora.

Ela dizia que Belinha não comportava um adulto e um cachorro, que Frida não gostava que cães sentassem nela e glória não tolerava pêlo de cachorro.

E Beto? Bom, esse fazia os cachorros passarem mal.

Um ano depois, o animal estava grande, bonito. E tudo continuava do mesmo jeito. Até que um dia ele não apareceu.

Ela ficou sentada na escada, esperando. No dia seguinte, também. Nada.

Resolveu telefonar para o canil da cidade e perguntar se eles tinham visto um cachorro marrom. Descobriu que eles tinham dezenas de cachorros marrons.

Quando perguntaram se ele estava usando coleira com o nome, ela se deu conta que nunca dera um nome para ele.

Sentou-se e ficou pensando no cachorro marrom que não tinha coleira com um nome. Onde quer que estivesse, ninguém saberia que ele tinha de vir todos os dias até seu portão para que ela lhe desse de comer.

Tomou uma decisão. Dirigiu Beto até o canil e falou para o encarregado que queria procurar o seu cachorro.

Quando ele lhe perguntou o nome do cachorro, ela se lembrou dos nomes de todos os amigos queridos aos quais havia sobrevivido.

Viu seus rostos sorridentes, lembrou-se de seus nomes e pensou em como fora abençoada por ter conhecido esses amigos.

"Sou uma velha sortuda", pensou.

"O nome do meu cachorro é Sortudo", disse.

E gritou, ao ver os cães no grande quintal: "aqui, Sortudo!"

Ao som da sua voz, o cachorro marrom veio correndo. Daquele dia em diante, Sortudo morou com a velhinha.

Beto parece que gostou de transportar o cachorro. Frida não se incomodou que ele sentasse nela. Glória não ligou para os pelos do cachorro.

E todas as noites Belinha faz questão de se esticar bem para que nela possam se acomodar um cachorro marrom Sortudo...e a velhinha que lhe deu o nome.

....................................

Não temamos nos afeiçoar às pessoas. Ninguém consegue viver sem amor, sem amigos, sem ninguém.

Não nos enclausuremos em solidão, nem percamos a oportunidade extraordinária de amar.

Amemos a quem nos rodeia. Também à natureza e os animais, recordando que tudo é obra do excelente pai que nos criou.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Arquivo Mental

Com que tipo de informações você alimenta o seu arquivo mental?

Se ainda não havia pensado nisso, vale a pena meditar sobre o assunto, pois é de sua bagagem mental que depende a sua paz íntima.

Quando você abre o jornal, logo cedo, o que você costuma buscar primeiro? As boas notícias, a página policial, os esportes?

Se chega a uma sala de espera e percebe sobre a mesa vários tipos de revistas, qual delas você escolhe?

Ao ligar a TV, que tipo de programação assiste?

Ao navegar pela internet,
quais os assuntos de sua preferência?

Dos acontecimentos diários, das cenas que presencia, das paisagens que vê, o que você costuma observar com mais atenção e guardar no seu arquivo mental?

Talvez isso lhe pareça sem importância, mas, na verdade, de tudo isso dependem as suas atitudes, as suas emoções, a sua vida.

Como você é o que pensa e sente, todas as suas reações dependem das informações que acumula no dia-a-dia.

Se costuma guardar sempre a parte boa, positiva, nobre, quando alguma situação lhe toma de assalto, irá agir com lucidez, tranqüilidade e nobreza.

Mas, se ao contrário, procura alimentar sua mente com as desgraças, os fatos negativos, os desequilíbrios e as desarmonias humanas, terá uma reação correspondente ao seu ambiente mental.

Assim, se deseja manter, em qualquer situação, a harmonia íntima, é saudável buscar alimentação condizente com seus propósitos.

Quando abrir o jornal, busque alguma coisa que lhe ofereça leitura agradável, sadia.

Se você pode escolher entre várias revistas, opte por aquela que lhe possibilite reflexões nobres, que lhe enriqueça os conhecimentos acerca da vida.

Se tem tempo para navegar pela internet, não se detenha nas páginas de teor deprimente ou conteúdo duvidoso. Não faça de seus arquivos mentais uma lixeira.

Busque deter-se nas melhores imagens que compõem a paisagem por onde passa.

Pense que os problemas existem, que as misérias humanas são uma realidade, que os fatos deprimentes poluem a Terra.

Mas considere também que, se você não pode mudar uma situação, não há motivo para carregá-la em seu arquivo mental.

Por essa razão, busque sempre a melhor parte.

Ao levantar-se pela manhã, olhe a sua volta o que tem de melhor.

Observe o amanhecer, as cores que a natureza traz,
as paisagens que o dia lhe oferece.

Contemple a lua, mesmo sabendo que sob o luar
existe a violência, a injustiça, a dor...

Admire o pôr do sol, ainda que tema os perigos que surgem com a escuridão.

Observe com atenção o inverno,
mesmo que a paisagem não lhe pareça agradável,
pois é a vida que dorme para surgir,
ainda mais exuberante, com a primavera.

Detenha-se um pouco para observar o sorriso
de uma criança, mesmo que o descaso
com a infância seja uma realidade.

Agindo assim, ao final de cada dia você terá uma boa razão para agradecer pelas oportunidades vividas.

A sua vida íntima é alimentada, basicamente, por tudo aquilo que você mais valoriza.

Assim, se deseja nutrir a esperança, alimente a sua intimidade com os valores nobres.

E, se você quer construir a paz, enalteça-a com alimento correspondente, escolhendo sempre a parte boa de tudo o que o rodeia.

AUTOR DESCONHECIDO

domingo, 24 de março de 2013

Raio de Sol.

Chico Risada vendia amendoim para ajudar os pais, que ganhavam pouco na fábrica, mas era o menino mais alegre da rua, talvez da cidade. Mesmo quando a venda do amendoim não ia bem ou era maltratado por um freguês nervoso, não parava de cantar, de estar sempre brincando. E se lhe perguntavam por que aquela tanta alegria, respondia com um sorriso que mostrava os dentes cariados de menino pobre.
- Porque tenho um raio de Sol.
Os outros meninos não entendiam muito bem essa resposta e o Salustiano, cheio de bossa pra inventar coisas, chegava a dizer que certa madrugada o Chico Risada estava na praia esperando o Sol nascer.
- Vai ver que foi nessa madrugada que ele apanhou o raio de Sol.
Um dia o bairro acordou triste. No terreno abandonado onde os garotos jogavam pelada iam levantar um prédio de oitenta andares. Pra espantar a tristeza, que deixava muito menino chorando, Salustiano teve uma grande idéia:
- Vamos pedir emprestado o raio de Sol ao Chico Risada. Assim ninguém morre de tristeza, e ninguém morrendo de tristeza a gente arranja outro lugar pra pelada.
Chico Risada não emprestou o que os meninos queriam, mas deu uma lição que adiantou muito.
- Eu não posso emprestar o raio de Sol a vocês porque ele não está guardado num armário, numa gaveta.
- Então onde é que ele está? Você diz sempre que é alegre porque tem um raio de Sol. Nós queremos só um pouquinho dele.
- Vocês não entenderam direito o que eu quis dizer. Eu canto, eu estou sempre alegre...
Mas não é porque tenho um raio de Sol me dando essa alegria. É ao contrário. Eu tenho um raio de Sol justamente porque vivo cantando, sempre alegre. Todos nós devemos ter esse raio de Sol dentro da gente.
Eles querem ver a gente triste. Mas nós não damos confiança e vamos arranjar um lugar pra pelada. Nós temos um raio de Sol.

(Mário Lago)

sábado, 23 de março de 2013

Isto também passará

Conta-se de um rei bondoso e sábio que se encontrava no final de sua vida. Um dia pressentindo a chegada da morte, chamou seu único filho, tirou do dedo um anel e deu-lhe dizendo:
- Quando fores rei, leve sempre contigo este anel. Nele está uma inscrição.
Quando passares por momentos difíceis ou de glórias, retire o anel e leia o que nele está escrito.

O velho sábio rei morreu, e seu filho passou a reinar em seu lugar, sempre usando o anel que seu pai lhe dera. Passado algum tempo, surgiram conflitos com o reino vizinho que culminaram numa grande guerra.

E num momento de grande angústia no aceso das batalhas, vendo mortos e muitos feridos caídos em meio ao rio de sangue; lembrou-se do anel, tirou-o e leu a inscrição: "Isto também passará". E continuou a lutar com seu valente exército. Perdeu batalhas, venceu outras tantas, mas ao final saiu vitorioso.

Ao retornar para seu reino, entra coberto dos lauréis da conquista e coroado de glórias, sendo aclamado por todos como o maior dos heróis. Neste momento ele lembra de seu velho e querido pai. Tira o anel, e novamente lê: "Isto também passará".

Como é importante administrar com sabedoria os momentos de dor e os momentos de glória. No furor dos embates da vida, é primordial ter a certeza que a nossa tribulação é leve e momentânea.
Isto é, não dura para sempre.

AUTOR DESCONHECIDO

sexta-feira, 22 de março de 2013

História de Fé

Quando a revolução comunista, no ano de 1919, criou uma situação política muito ruim, na Rússia, uma extraordinária jovem de apenas 20 anos decidiu abandonar o seu país.
Seu nome era Catarina de Hueck e ficou conhecida somente pelo seu título, a baronesa.
Chegou a Londres grávida do primeiro filho e sem recursos. Um tio que residia na América do norte lhe falou de Nova Iorque, onde a riqueza era tanta que os dólares caíam das árvores e ela foi viver em Nova Iorque.
Trabalhou numa lavanderia onde ganhava oito dólares, dos quais mandava dois para o marido e o filho que tinham ficado no Canadá.
Tentou escrever para jornais, contando casos de guerra da Rússia que tão bem conhecia, mas ninguém se interessou.
Buscou uma instituição de caridade onde foi maltratada e humilhada. Nesse dia, pensou em se suicidar. Dirigiu-se até o rio Hudson e ficou olhando as águas. Foi quando ouviu uma voz: "ei, loirinha, o que você está fazendo aí?" Era um motorista de táxi. "quer que eu a leve para algum lugar?"
Ela respondeu: "não tenho para onde ir, nem dinheiro para pagar o táxi."
"Diga a verdade", continuou o homem, "você estava pensando em pular na água. Nota-se pela sua cara de fome."
Ele a convidou para comer um hambúrguer. Ela desconfiou. Ele insistiu. Era um pai de família e religioso praticante.
Ela foi para a casa dele e passou dois dias com sua família. Depois, ele lhe emprestou dinheiro para pagar a pensão.
Ela voltou a procurar emprego e, no frio da manhã, foi orando: "meu Deus, perdoa-me aquele pensamento de desespero ao lado do rio. Ajuda-me a arranjar um emprego."
Naquele momento, um vento forte lhe lançou no rosto um pedaço de papel. Era uma folha de anúncios de jornal, pedindo empregadas domésticas.
Catarina se animou. Era a primeira vez que ela via uma resposta a uma oração em vez de vir do céu, vir do chão, trazida pelo vento, num pedaço sujo de jornal.
Ela pensou: "Deus é muito estranho mesmo. Manda motoristas de táxi atrás de uma jovem desesperada, fala na voz dos ventos, e responde até pelo jornal."
Mais tarde, se tornou rica proferindo conferências pela América, contando a sua história.
Em outubro de 1930 ela fundou as casas da amizade e mais tarde, numa ilha que lhe foi doada, no Canadá, o Madonna House, uma obra que ampara criaturas necessitadas.
Por mais difíceis que sejam os problemas, jamais pense em desistir. Sempre existe alguém que pode ajudar você. E quase sempre esta pessoa está muito perto.
Olhe, procure, conte a sua dificuldade.
Seja qual for a provação, entregue-se a Deus em confiança. Ele é o caminho.
Aguarde um pouco mais, na fé e o auxílio alcançará você.
Desistir, nunca!
AUTOR DESCONHECIDO

quarta-feira, 20 de março de 2013

CAVE POÇOS NO DESERTO

Não devemos nos acomodar com os problemas
e considerá-los parte da nossa vida,
pois Deus abençoa, e não amaldiçoa.
A cada dia temos a oportunidade para crescer
e aprofundar nossa vida em Deus.

Alguém já disse que a glória de hoje
tem raízes nas tribulações de ontem.
Não aceitamos os problemas como
uma ordem de Deus para a nossa vida,
mas também não nos desesperamos
nem nos revoltamos por causa deles.

Caminhamos firmes, rumo às promessas
e ao cumprimento dos sonhos de Deus para nós.
Esse caminhar seguro, nos capacitará a cavar poços no deserto
e a fazer brotar a vida de Deus em meio às adversidades.

O tempo da nossa jornada ali será frutífero,
pois não apenas beberemos das águas,
mas as daremos a quem passar por nós,
aos que verão Deus em nossa vida.

Brilhar nas adversidades
é sentir Deus agindo em nossa vida,
mesmo quando tudo indica que Ele está desinteressado;
é poder sorrir quando a alma chora,
pois o espírito está em unidade com o Pai;
é amar e ajudar quando nós mesmos
precisamos de ajuda. Josué 1:9. Amém!
Que o Senhor me perdoe por todas as vezes que me lamentei, quando ainda tinha forças para lutar. Deus abençoe as nossas vidas!

terça-feira, 19 de março de 2013

Caminhos para Felicidade

Muitas são as diretrizes que indicam caminhos
para se encontrar a felicidade.
Muitas sugestões e conselhos já foram dados
para os que procuram pela felicidade.
Essas iniciativas são positivas, quando nascidas
do desejo sincero de ajudar.
E são necessárias porque cada pessoa poderá seguir pela rota
que mais lhe seja favorável, e que esteja de
acordo com suas forças e entendimento.
Os caminhos para a felicidade são muitos.
Uns são mais curtos e mais íngremes, e exigem mais esforço e renúncias.
Outros são mais longos e mais planos,
mas todos conduzem ao mesmo fim.
A felicidade é, sem dúvida, uma construção diária,
que mais se efetiva quanto mais a ela nos dedicamos.
Quanto mais conscientes dos passos que nos levarão ao seu encontro,
mais perto dela estaremos.
Mas enquanto não conseguimos conquistar a felicidade suprema,
podemos ir preparando o caminho com algumas atitudes fáceis e lúcidas,
nos passos de cada dia.

Eis algumas dicas:

Use expressões meigas e cobertas de ternura.
As energias afáveis favorecem uma atmosfera de paz
no coração que as exercita.
Busque a visão otimista sobre as pessoas.
Enxergue o lado bom que todos nós possuímos.
Pequenos gestos de bondade por dia alicerçam
as grandes atitudes do amanhã, sedimentando os nobres
e elevados sentimentos.
Silencie diante das críticas às atitudes infelizes do próximo.
Somos nós mendigos do entendimento alheio ante
nossos equívocos repetidos.
Aprenda a deixar fluir a compaixão, quando a dor
espelhar-se na alma do próximo.
Condicionará, desta forma, as próprias forças no caminho da caridade,
irradiando o calor da fraternidade por onde passar.
Sorria ainda que esteja atravessando difíceis
momentos na Terra.
O sorriso gera simpatias e afasta invernos escuros,
permitindo o brilho do sol da esperança para você
e para tantos que atravessam em seu caminho.
Mantenha a calma em qualquer situação.
Quem confia em Deus e está convicto de sua providência infalível,
sabe que os recursos necessários chegarão tanto mais rápido
e preciso quanto estivermos em
posição positiva na vida.
Tolere o mais que possa. Perdoe sempre.
Leve paz onde houver dissensões.
Quem semeia brisas suaves não enfrentará
os tufões da agonia em estradas futuras.
Conceda ao irmão do caminho a gentileza
de sua sincera alegria pelas conquistas dele.
Demonstre desprendimento natural.
Prossiga leve com as aspirações elevadas.
A cada dia coloque-se como instrumento de construção,
ciente que Deus nos favorece com a bênção do serviço,
para que sua presença seja sentida
no mundo por nosso intermédio.

Pense nisso!

Você, e somente você, é responsável pela sua
felicidade ou sua desdita.
Seu caminho para a felicidade só poder
ser construído por você, mais ninguém.
Se hoje você encontra em seu caminho pedras
e espinhos, é porque houve um tempo em
que você se descuidou do seu jardim.
Por isso, é importante não perder mais tempo.
Selecione a boa semente e comece agora
a reflorir seu caminho para que possa encontrar,
logo mais, o perfume agradável da boa semeadura.

AUTOR DESCONHECIDO