Felipe tinha uma bela família. Uma esposa bonita e dedicada, e um filho
alegre e vivaz. Mas ele contribuía muito para que assim fosse. Em casa,
procurava dar sempre o exemplo e educar o filho para os valores e
virtudes.
Certo dia, o seu filho chegou em casa da escola com um ar de
dúvida. Felipe quis logo saber o que estava acontecendo. O garoto então
perguntou:
- Pai, as pessoas são todas iguais? Há tantas cores de pele, idades, tamanhos… Como elas podem ser todas iguais?
Felipe pensou por alguns instantes na resposta que ia dar. Era
uma ótima oportunidade para ensinar o filho a respeitar as diferenças.
Disse-lhe:
- Filho, venha comigo ao mercado que depois eu respondo à sua pergunta.
E lá foram os dois. Quando chegaram ao mercado, Felipe levou o filho até a banca das frutas.
Parou em frente às maçãs. Ali havia muita variedade de maçãs,
verdes, vermelhas, amarelas, grandes, pequenas, redondas, ovais e assim
por diante. Virou-se para o filho e disse:
- Está vendo todas estas maçãs? Elas parecem muito diferentes uma das outras, não?
- Sim, são bem diferentes – respondeu o garoto.
- Qual delas você prefere?
- Eu gosto mais das vermelhas, grandes e redondas – respondeu.
- Escolha algumas para levarmos!
E assim escolheram várias maçãs, até encher um pequeno saco.
Felipe certificou-se de que pegavam maçãs bem variadas, de formato e
cor. Em casa, descascou três maçãs. Uma verde, uma vermelha e uma
amarela. Depois, colocou-as lado a lado sobre a mesa. Chamou o filho e
perguntou:
- Filho, qual destas maçãs é a sua preferida?
- Não sei, pai, para mim elas parecem todas iguais. Já não sei qual delas é a vermelha.
- Você encontrou a resposta da sua pergunta, filho. As pessoas
são como maçãs. Têm cores, origens, formas e tamanhos diferentes. Mas
no íntimo são todas iguais, apesar de cada um ser especial.
Experimente-as. Vai ver que cada uma delas tem um sabor particular.
Deu um mordida em cada uma e sorriu.
- É mesmo, não sei qual é a melhor, todas são muito boas.
Depois desse dia, toda vez que Felipe compra maçã, lembra-se
dessa história e agradece pelo filho saudável e inteligente que tem.
Para refletir
Em situações simples do cotidiano, podemos encontrar boas
oportunidades para aprender ou ensinar grandes lições de vida.
Precisamos estar atentos a esses momentos e não desperdiçá-los,
principalmente para ensinar nosso filhos ou alunos. Uma resposta certa
ou um exemplo bem dado pode marcar para sempre uma criança e ensiná-la
valores fundamentais da vida.
Mas vamos à nossa parábola. Quanta perspicácia e sabedoria para
ensinar que os seres humanos são todos iguais. Às vezes, perdemos horas
discutindo quem é o melhor, o maior, o mais bonito, o mais inteligente,
quando na verdade nada disso importa, pois, no fundo, na essência, somos
todos iguais.
Cada pessoa tem suas próprias características físicas, determinadas
pela sua raça, religião, origens etc. Cada pessoa tem também uma
personalidade, que foi formada durante a sua vida. Mas o mais importante
é saber que no íntimo somos todos iguais, partilhamos os mesmos
anseios, mesmos desejos, mesmos questionamentos, mesmos problemas.
Como lido com as diferenças? Costumo rotular uma pessoa pela sua
cor, classe social, idade ou qualquer outro fator? Analisando o meu
círculo de amizades atual, como me avalio? Sou aberto às diferenças ou
procuro conviver com pessoas iguais a mim? Por quê? Em que o
relacionamento com pessoas "diferentes" pode me ajudar? Estou disposto a
tentar? Como transmito aos outros, especialmente aos meus filhos,
alunos ou catequizandos, os valores nos quais acredito?
Um comentário:
REGINA.
Que bela historia amiga.
Também concordo com este pai, a gente só ver o estereótipo das pessoas, ao fazemos um julgamento antes de conhecer.
Perante Deus todos são iguais à gente que é preconceituosa ao julgamos a pessoa por sua aparência..
Um grande abraço.
ClaraSol
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